Cora, de coração

Lembro-me bem das palavras que meu avô não cansava de me dizer: “Ninguém jamais lhe furtará educação, caráter e cultura. Faça disso a base de sua vida e nada será obstáculo para você”.
Todos os dias, quando em penso em desistir ou recuar, o vejo claramente dizendo com serenidade essa que é a minha maior herança.
Para que o conselho não fosse apenas uma sugestão, sempre me presenteou com coisas que representavam essa lição, livros, por exemplo. A primeira coletânea trazia Cora Coralina.
Ana Lins dos Guimarães Peixoto nasceu no interior de Goiás e virou “Cora” aos 15 anos porque, naquela época, “moça boa” não perdia tempo com essas coisas.
Cora – palavra derivada de coração – sempre foi uma mulher a frente de seu tempo. De baixa estatura e franzina, era gigante com as palavras.  Doceira por profissão. Escritora, poeta, contista, cronista, jornalista e muito além por TALENTO.
Sua biografia é imensa, assim como sua atividade literária e prêmios.
Tal qual meu avô, para mim, um exemplo…
Cora-Coralina

“Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes. O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.”

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